quarta-feira, outubro 01, 2014

Aécio Neves: PT retirou empregos e investimentos de Minas

Em ato de campanha na noite de segunda-feira (30/09), em Belo Horizonte (MG), o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, acusou o PT de retirar de Minas Gerais milhares de empregos e cerca de R$ 3 bilhões em investimentos que seriam trazidos por uma nova unidade da Fiat, que acabou sendo levada para Pernambuco.
Aécio lembrou ser a favor da descentralização do parque automotivo brasileiro, mas acrescentou que o projeto da automobilística, em especial, já estava assegurado para o município de Betim (MG), onde a Fiat instalou sua primeira fábrica no país, em 1976.
"A grande verdade é que esses investimentos saíram daqui pela ação do governo federal do PT, sem que houvesse uma reação sequer das lideranças do PT de Minas Gerais; sem que houvesse uma palavra de solidariedade a Minas por parte dessas lideranças, em especial daquele que hoje disputa o governo de Estado", afirmou, referindo-se ao ex-ministro Fernando Pimentel.
Aécio lembrou que, como governador de Minas, conduziu negociações com o presidente mundial da Fiat, [Sergio] Marchionne, para que a instalação da unidade da empresa ocorresse no Estado. "Isso tudo foi acertado, os protocolos foram assinados, e o PT, no apagar das luzes do governo do presidente anterior, optou por criar condições para levá-la para outro Estado da Federação", afirmou o candidato.
Entenda
No final de 2010, o então presidente Lula editou a medida provisória 512, concedendo incentivos fiscais a empresas automobilísticas que se instalassem no Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do país. A manobra acabou retirando a nova unidade da Fiat de Minas, contrariando acordo firmado entre a empresa e o então governador Aécio Neves.
Em 2011, já como parlamentar, o senador Aécio Neves apresentou emenda à MP 512 estendendo os benefícios fiscais municípios do semiárido mineiro e capixaba. A proposta, aprovada no Congresso, foi vetada pela presidente Dilma Rousseff e pelo então ministro do Desenvolvimento Econômico Fernando Pimentel.
"Conseguimos aprovar isso contra a vontade do governo", destacou. "O que ocorreu? A presidente Dilma Rousseff vetou esses benefícios para as regiões mais pobres de Minas Gerais, mas ela não estava sozinha nesse veto. Está publicado no Diário Oficial. Acompanhava a presidente nesse veto o então ministro do Desenvolvimento Econômico. Ele assinou o veto que impediu que as regiões mais pobres de Minas Gerais recebessem esses investimentos e, portanto, empregos para a nossa gente."
Discriminação a Minas
Desde o início da gestão Dilma Rousseff na Presidência, por ao menos três vezes o governo e a bancada do PT excluíram municípios do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri de benefícios fiscais concedidos ao Nordeste. Os municípios, que integram a Área Mineira da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), foram prejudicados sempre por medidas provisórias, que são elaboradas pelo governo federal. 
Além da MP 512, outra injustiça aconteceu na MP 615, que concedeu incentivos a produtores de cana de açúcar nos Estados nordestinos, deixando milhares de pequenos produtores do semiárido mineiro de fora. A proposta foi aprovada pela base governista em setembro. Em 2011, Minas ficou de fora da MP 540, que garantia isenção de 75% do imposto de renda para empresas que se instalassem ou ampliassem sua atuação na área da Sudene. No entanto, por meio de emendas de Aécio, a região mais pobre de Minas foi incluída nos benefícios.

Nenhum comentário:

Laranjeiras do Sul

Laranjeiras do Sul
Laranjeiras do Sul