terça-feira, outubro 21, 2014

PF suspeita que tesoureiro do PT está envolvido com caso de propina em fundo da Petrobras

A Polícia Federal (PF) já tem indícios suficientes que convergem para a participação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, num esquema de pagamento de propina de R$ 500 mil na Petros -- fundo de pensão dos funcionários da Petrobras. O prejuízo estimado pelos federais é de R$ 13 milhões. O esquema envolve também empresas do ex-deputado federal José Janene (PP), morto em 2010, e do doleiro Alberto Youssef – apontado pela PF como líder de uma organização criminosa que atuava dentro da Petrobras e que movimentou R$ 10 bilhões. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, dentro da operação Lava Jato, os agentes da PF encontraram no computador de Youssef 12 arquivos referentes aos negócios do doleiro com a Petros. O negócio teria sido intermediado, segundo suspeita a PF, por Vaccari Neto. 

Ainda segundo documentos da investigação, o esquema de pagamento de propina envolve ainda dois diretores da Petros – indicações petistas, entre eles o ex-presidente do fundo Luiz Carlos Fernandes Afonso. Além deles, há indícios da possível interferência de um político não identificado “de grande influência na casa” na liberação de um seguro, em órgão do Ministério da Fazenda, que era condicionante para a transação. Os indícios surgiram a partir dos documentos apreendidos e do depoimento do advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, considerado pela PF como laranja de Youssef. “Esse recurso foi desviado para pagamento de propina para funcionários da Petros”, disse o advogado.


Karlos Kohlbach

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