sábado, outubro 18, 2014

"Representamos a transformação", diz Aécio, ao lado de Marina Silva

Ao lado de Marina Silva, do PSB, o candidato à Presidência pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, na sexta-feira (17/10), em São Paulo, que ambos representam o movimento de transformação que o Brasil precisa. O primeiro encontro entre Aécio e Marina neste segundo turno das eleições ocorreu após o PSB ter formalizado apoio à candidatura da Coligação Muda Brasil.
"Representamos, todos nós, não é o 'nós' de majestade imperial, nós aqui pessoas de partidos diferentes, representamos hoje o amplo sentimento de mudança que foi majoritário no primeiro turno dessas eleições", Aécio acompanhado por Marina Silva.
Em seguida, o candidato acrescentou: "Eu deixo de ser um candidato de uma coligação ou mesmo de um partido político para ser hoje o representante de um grande movimento de transformação que precisa ocorrer no Brasil".
Segundo Aécio, será a transformação de valores, de prioridades e de postura "em relação aos desafios que nós temos pela frente".
Marina Silva retribuiu as palavras de Aécio. "Eu dizia que preferia perder ganhando do que ganhar perdendo. Nesse momento eu reitero e, se Deus quiser e o povo brasileiro, você haverá de ganhar ganhando", afirmou.
Aécio e Marina fizeram uma declaração conjunta sobre as propostas comuns que unem ambos. Em seguida, o candidato à Presidência concedeu entrevista coletiva à imprensa.
Participaram do encontro Aloysio Nunes, vice na chapa de Aécio, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), Walter Feldman, coordenador da campanha de Marina Silva, além do ex-governador Alberto Goldman,  do deputado federal reeleito Paulinho da Força (SD).
Também estiveram Beto Albuquerque, vice na chapa de Marina Silva, o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, Guilherme Leal (Rede Sustentabilidade), o ex-ministro Miro Teixeira, o ex-ministro José Gregori e o ex-secretário de Energia José Aníbal.
Eixos
Aécio citou três eixos fundamentais da parceira entre ele e Marina no segundo turno: o respeito à democracia, a necessidade de ampliar e avançar os programas sociais, assim como o resgate da capacidade de o país crescer por meio do desenvolvimento sustentável com credibilidade e eficiência.
"Foi em torno desses três principais eixos que nós construímos o entendimento em favor do Brasil", afirmou o candidato ao mencionar, inicialmente "o respeito às democracias, às liberdades coletivas e individuais".
Em relação às políticas sociais, Aécio citou os programas de transferência de renda. "Eles são um direito do cidadão brasileiro e por isso mesmo eles serão mantidos e institucionalizados no nosso governo", ressaltou ele, lembrando que esses programas serão tratados como prioridade no seu governo.
Ao destacar a preocupação com o crescimento do país, Aécio afirmou que ocorrerá baseado no desenvolvimento sustentável. "É fundamental que nós, de novo, coloquemos ordem na economia, resgatemos a credibilidade perdida no país para enfrentarmos com destemor e com eficiência a inflação que volta a sair de controle para que ela possa ser reduzida", disse.
Marina acrescentou que os programas sociais não podem ser "fulanizadas", pois são questões institucionais e que, portanto, pertencem ao Estado.  "As políticas públicas não podem ser 'fulanizadas' e partidarizadas têm que ser conquistas da sociedade do Estado e não de um partido ou de um governo", disse ela.
Convite
Aécio apelou para que a candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff para discutir propostas para o futuro. "Eu faço aqui uma convocação à candidata Dilma: vamos falar de Brasil, vamos debater o futuro, vamos mostrar as nossas diferenças porque elas são realmente muito grandes", disse ele.
O candidato lembrou, a pouco mais de uma semana para as eleições, que é fundamental respeitar a democracia e a liberdade de escolha dos eleitores. "Vamos pedir de forma democrática e livremente os brasileiros tomem a decisão que acharem a mais adequada. Eu respeitarei qualquer que seja ela", afirmou.
Porém, Aécio reiterou que ofensas e calúnias são inadmissíveis. "O que eu não posso é aceitar as ofensas e as calúnias que vem sendo lançadas anonimamente e clandestinamente", ressaltou.
Em seguida, o candidato disse: "Convoco a candidata Dilma Rousseff para que possamos fazer nos próximos debates ou nos nossos programas uma campanha de alto nível.  Ninguém destrói alguém e vence".

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