segunda-feira, novembro 17, 2014

“A presidente Dilma na campanha era uma. Após as eleições, é outra”

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que o governo comete estelionato eleitoral ao propor medidas opostas às que anunciava durante a campanha. “Se houvesse um Procon das eleições, a presidente Dilma ia estar sendo hoje instada a devolver o mandato que recebeu”, completou o tucano ao comentar o projeto governista que aumenta o limite de abatimento do superávit primário – economia feita para pagamento dos juros da dívida pública. Informações da Câmara Federal.

Enviada às pressas na terça-feira (12) pelo Palácio do Planalto ao Congresso, a proposta foi considerada por Aécio “um atestado definitivo do fracasso do governo na condução da política econômica”. O tucano ainda avisou: “Não podemos permitir e aceitar que a ineficiência e a incapacidade do governo possam ter como uma única alternativa a alteração da lei”.

Na Câmara, deputados do PSDB reforçaram a artilharia contra o projeto e a controversa conduta da presidente logo após o fechamento das urnas. “O governo Dilma quer um cartão de crédito sem limites, bancado por todos os contribuintes brasileiros, para gastar quanto quiser”, criticou o líder do partido na Casa, deputado Antonio Imbassahy (BA), em seu perfil no Facebook. “É uma porta aberta para a gastança e afeta a já reduzida credibilidade do Brasil mundo afora. Nós, da oposição, não vamos admitir que a presidente Dilma fuja das suas responsabilidades.”

Segundo o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), a petista dá um péssimo exemplo aos cidadãos ao não cumprir promessas e tentar mudar uma lei para não ser incriminada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Hoje, ela é a maior indutora da contravenção no país por ser a primeira a não cumprir o que diz. É uma situação bastante inusitada na história política brasileira”, declarou nesta quinta-feira (13). “Sem dúvida alguma, a presidente Dilma na campanha era uma. Após as eleições, é outra completamente diferente”, acrescentou o parlamentar.

Horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) oficializar o resultado do segundo turno, a presidente começou a entregar à população a fatura da sua incompetência administrativa. “Depois de ver Dilma ‘fazendo o diabo’ na campanha para garantir sua reeleição, o brasileiro já prepara o bolso para a conta salgada que terá de pagar em razão das primeiras medidas adotadas pelo governo após a eleição”, reprovou o deputado Duarte Nogueira (SP) em seu perfil no Facebook.

A primeira medida amarga foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu elevar a taxa de juros de 11% para 11,25% na tentativa de conter o avanço da inflação, indicador econômico que, segundo Dilma durante as eleições, estava sob total controle.

Em seguida, os brasileiros receberam o singelo aviso de que a conta de luz também sofreria reajustes. Desde a última sexta-feira (7), por exemplo, os cariocas pagam 17,75% a mais para usufruir da energia elétrica em suas residências. Em outras partes do Brasil, como Roraima, o aumento chegou a 54%.

Nos postos de combustíveis, a má notícia está registrada nas bombas de gasolina e diesel desde a primeira semana de novembro. “De fato, o que está acontecendo nos últimos dias foi o anti-programa da presidente.Hoje, ela está cometendo tudo aquilo que impingia ao candidato adversário. Podemos chamar isso de estelionato eleitoral”, afirmou o deputado Alfredo Kaefer (PR).

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