quinta-feira, novembro 06, 2014

Aécio: "Oposição são os 51 milhões de brasileiros"

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido por centenas de pessoas na tarde de terça-feira (4) em seu retorno ao Congresso Nacional. Em entrevista coletiva, o tucano disse que fará oposição sempre vigilante ao governo e mandou um recado ao Planalto com base na grande votação que trouxe consigo ao final do pleito deste ano. "Quando o governo olhar para a oposição, eu sugiro que não contabilize mais o número de cadeiras ou de assuntos no Senado ou na Câmara. Olhe bem e vai encontrar mais de 51 milhões de brasileiros que vão estar vigilantes, cobrando atitudes deste governo. (.) Nós somos hoje um grande exército a favor do Brasil e prontos para fazer a oposição que a opinião pública determinou que nós fizéssemos", afirmou.

Para o senador, o diálogo que haverá com o governo por parte dos adversários será a partir das propostas oferecidas ao país daqui por diante. Aécio Neves ressaltou que, até o momento, a gestão Dilma Rousseff não revelou que tipo de reforma política quer oferecer ao povo, não disse que preço pagará para ter a maioria no Congresso e também não explica "de que forma vai enfrentar a gravíssima crise econômica que esse próprio governo criou".

Segundo o senador, as manifestações que viu desde o final do 2º turno e no seu retorno a Brasília mostram "um Brasil novo surgindo", desejoso de construir seu futuro e que não aceita mais passivamente os desmandos e ineficiências do governo. Para representar este contingente de cidadãos, afirma que se manterá na oposição cobrando todas as promessas da gestão e a investigação profunda de todas as denúncias.

A respeito das recentes manifestações contra Dilma ocorridas no fim de semana, o presidente nacional do PSDB aproveitou para se posicionar contrário a reivindicações em prol do retorno do regime militar. Além dele, outros integrantes do partido já tinham anteriormente se posicionado contrários à restrição de liberdades no Brasil.

"Eu respeito a democracia permanentemente. E qualquer utilização dessas manifestações no sentido de qualquer tipo de retrocesso à democracia terá a nossa mais veemente oposição. Aqueles que agem de forma autoritária e truculenta estão no outro campo político, não estão no nosso", cravou.

Por fim, Aécio disse respeitar o pedido de sua coligação para que haja uma auditoria das eleições. Segundo ele, os partidos têm direito de conhecer os processos de totalização de votos e que não há nenhum pedido de recontagem. O senador argumentou ainda que em nenhum momento duvidou da lisura dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral e que o PSDB não quer mudar o resultado das eleições.

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