quinta-feira, novembro 20, 2014

CPMI quebra sigilo de tesoureiro do PT. Políticos ficaram de fora

Mais uma vez os congressistas que integram a CPMI da Petrobras deixaram de lado os requerimentos que convocam políticos supostamente envolvidos com a quadrilha do doleiro Alberto Youssef – que atuou dentro da estatal desviando recursos públicos. O pedido de convocação da senadora Gleisi Hoffmann (PT), por exemplo, sequer foi colocado na pauta de votação pelo presidente da comissão senador Vital do Rêgo (PMDB). Gleisi foi citada na delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e também no depoimento do doleiro Youssef. Os dois disseram que Gleisi teria recebido R$ 1 milhão do esquema criminoso da Petrobras para a campanha ao Senado Federal em 2010 – a petista nega as acusações. 

Mesmo não votando as convocações de políticos, a CPMI conseguiu aprovar ontem o requerimento que quebra o sigilo telefônico, bancário e fiscal do tesoureiro nacional do PT. João Vaccari Neto de 2005 a 2014. Segundo Costa, Vaccari era o homem do PT responsável por receber a propina do esquema montado dentro da Petrobras. Esta não foi a única derrota ontem do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A oposição conseguiu aprovar a convocação do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque – que está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. Duque é acusado de receber propina por contrato firmado na Petrobras e de manter uma conta bancária no exterior – onde guardava os recursos obtidos ilegalmente. Um subordinado dele assumiu que recebeu propina que soma US$ 100 milhões. A CPMI ainda aprovou, mais uma vez, a convocação do ex-diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró.


Karlos Kohlbach, Bem Paraná

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