quinta-feira, novembro 13, 2014

Gaeco prende policiais civis que extorquiam na BR

O esquema de roubo a compristas na BR-369 entre Cascavel e Ubiratã, no Oeste, era liderado por um policial civil, segundo informou na tarde desta quarta-feira (12), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Depois de seis meses de investigação, o Gaeco contou com mais de 60 policiais para desencadear a “Operação Duster”, uma referência ao modelo de carro usado pelos bandidos.
Segundo a promotora Juliana Stofella da Costa, o bando faturava R$ 30 mil com o esquema criminoso. “Eles abordavam os compristas e num primeiro momento roubavam as mercadorias e o veículo. Num segundo momento eles diziam que se eles não passassem a pagar um pedágio todas as vezes que passassem pela rodovia seriam novamente roubados”, conta. Quando as vítimas não tinham dinheiro para pagar aos policiais, eram obrigadas a entregar as mercadorias.

O policial civil Malcom Leonardo Figueira é apontado com o líder do bando. Ele é filho de um delegado da Polícia Civil do Paraná que também já foi preso por corrupção. “O cabeça desse grupo criminoso entrou na Policia Civil em 2009, desde então acreditamos que ele tenha praticado esses crimes”, diz a promotora. Durante a operação foram apreendidos oito carros de luxo e bloqueados bens adquiridos com o dinheiro criminoso, entre eles dois apartamentos em Caiobá, no Litoral, e três embarcações.

O outro policial civil preso é Vladimir Pinheiro que trabalhava com Figueira na delegacia de Ubiratã. O ex-agente carcerário Renato Everton Pereira e o autônomo Amarildo Fontini também foram presos na operação. O Gaeco prossegue os trabalhos e 15 pessoas são investigadas, entre elas um funcionário de uma emissora de TV e outros policiais civis que não tiveram seus nomes revelados.

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