Com o objetivo de contribuir para a promoção do desenvolvimento,
incentivar a geração de tecnologias e aproximar a universidade do setor
produtivo, a Unochapecó realizou, pela primeira vez, um depósito de patente de
titularidade da instituição. O pedido é para a invenção “Processo de Tratamento
de Sementes por Nanopartículas de Nutrientes”, uma iniciativa de professores e
estudantes da instituição.
A invenção é resultado da pesquisa do
mestrado em Tecnologia e Gestão da Inovação da estudante Cristiane Segatto. O
trabalho é orientado pelo professor do mestrado, Márcio Fiori, e desenvolvido
também pelos professores Cristiano Lajús, Luciano Luiz Silva, Gean da Luz,
Humberto Gracher Riella e pela
acadêmica Riobonitense de graduação em Engenharia Química Adariely Galera.
O professor Fiori explica que a invenção
surgiu com a intenção de solucionar um dos problemas enfrentados hoje pela
agricultura no cultivo de milho. “Trata-se de um processo desenvolvido para
corrigir o nível de zinco na planta, com a incorporação de nanopartículas do
nutriente para tratar a semente do milho e garantir que a planta tenha uma alta
produtividade”.
Até agora, várias análises já foram
realizadas e há um campo de testes em Coronel Freitas onde a invenção é
aplicada. “Os resultados têm sido excepcionais. Temos plantas que foram
tratadas por esse processo e plantas que não foram tratadas e a diferença é
imensa”, destaca Fiori.
A coordenadora do Núcleo de Inovação e
Transferência Tecnológica (NITT) e professora do curso de Direito da Unochapecó,
Cristiani Fontanela, esclarece que o regime jurídico de patentes é um
instrumento estratégico de fomento à inovação e à competitividade, bem como uma
forma de estimular pesquisadores para que protejam seu conhecimento, além de
ser um indicador de produção. "Com o registro junto ao Instituto Nacional
de Propriedade Industrial (INPI), surge a possibilidade de serem gerados frutos
econômicos na transferência de tecnologia, fator importante para a universidade
e para os pesquisadores”.
Segundo o vice-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Claudio
Alcides Jacoski, é uma oportunidade para a Unochapecó ampliar ações que tragam
soluções para o mercado, em prol do desenvolvimento regional.
“Essa conquista representa a entrada da
Unochapecó em um seleto grupo de instituições de ensino superior que promovem a
inovação. Esta é uma proposta que está em andamento e que necessita ainda de
passos firmes para se efetivar. O Parque Científico e Tecnológico Chapecó@ será
um importante instrumento para ampliar estas conquistas, pois neste espaço
teremos a oportunidade de ampliar as oportunidades aos nossos alunos e
pesquisadores para gerar projetos, ideias inovadoras, e conhecimento para toda
sociedade”, afirma Jacoski.
Oportunidades
Em relação aos reflexos da invenção, o
professor Fiori ressalta que já existem duas empresas interessadas em
transferência de tecnologia dessa patente. Uma empresa especialista em sementes
já firmou um termo de cooperação com a universidade e a outra está fornecendo
as nanopartículas de zinco para o projeto. “É uma ideia 100% da universidade
que pode se transformar em um produto e, através da patente, poderá contribuir
com a comunidade, com empresas e com o desenvolvimento econômico e
social".
Famosos
E, o trabalho desenvolvido por alunos e
professores da Unochapecó tem atraído as atenções, não só de empresas
especializadas nesta área, como também da imprensa. Na manhã desta
quinta-feira(06), a Adariely e a Cristiane Segatto, universitárias da
Unochapecó, concederam entrevista a Rede Globo de Televisão, através de sua
afiliada, a RBS de Chapecó(foto), falando sobre o projeto, o seu
desenvolvimento e sobre as expectativas do que poderá apresentar como
resultados na cultura do milho.
Unochapecó/AF
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