“Estamos no início de um novo mandato. As especulações em torno da sucessão não tem sentido nesse momento. Até porque tumultuam a atual gestão que tem aí dificuldades a superar. Isso não ajuda, não contribui. E também, da parte de quem deseja, se houver desejo, não é inteligente a precipitação”, afirmou.
Segundo Álvaro, suas atenções hoje estão voltadas para o início dos trabalhos no Congresso, que deve ser conturbado diante da crise econômica e do escândalo da Petrobras, que ameaça atingir um grande número de políticos e parlamentares. “Eu não me lembro de nenhum início de período legislativo tão confuso, tão nervoso, complexo como o atual. Com uma coleção de problemas e sobretudo, nervosismo decorrente dos escândalos de corrupção que certamente tumultuarão o Congresso. E dificultarão a ação do Executivo. Crise econômica de um lado, crise administrativa do outro, crise política se somando. E acima de tudo a crise ética. Essa seleção de crises é uma tempestade política se abatendo sobre o Planalto”, avalia.
Na opinião do senador, a oposição também terá que rever sua atuação, mostrando que está pronta para exercer a missão conferida pelo eleitorado que votou em Aécio Neves (PSDB) para presidente. “O governo continua com uma base de apoio alargada no Congresso e a oposição tem que se impor pela qualidade. É uma expectativa que gerou a votação expressiva obtida pelo candidato de oposição à presidência da República. Essa responsabilidade inerente à oposição, que é fiscalizar o governo, ela se torna agora mais explícita e com acompanhamento mais próximo da sociedade. A sociedade vai cobrar mais da oposição”, considera.
“A oposição tem que fazer uma autocrítica e concluir que não teve o tamanho das aspirações sociais dos últimos anos. E tem que se aproximar dessa expectativa real de mudança que é alimentada pela sociedade. Nós desperdiçamos a oportunidade de vencer a eleição e não podemos mais titubear em matéria de cumprir nosso papel”, afirma ele.
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