sábado, janeiro 17, 2015

MPF só fará acordo com empresas que revelarem mais esquemas criminosos

Manchete de hoje (sexta-feira, 16), do Jornal O Globo, informa que o Ministério Público Federal endureceu as exigências para firmar acordos de leniência com empresas e de delação premiada com pessoas físicas na Operação Lava-Jato. A principal é estabelecer que os futuros acordos permitam identificar a cobrança de propina e crimes de corrupção em novas áreas da administração pública, dando origem a outras operações como a que revelou o esquema criminoso na Petrobras.

A exigência dificulta, principalmente, a negociação com as grandes empreiteiras, que têm 11 dirigentes e executivos presos desde 14 de novembro do ano passado na sede da Polícia Federal em Curitiba. Pelo menos cinco empreiteiras tentaram negociar acordos, na tentativa de amenizar a situação de seus executivos, a maioria do primeiro escalão dessas empresas, como conselheiros, presidentes, vices e diretores.

Segundo o procurador Carlos Fernando Lima, um dos porta-vozes da força-tarefa da Lava-Jato, as tentativas de acordo recentes não prosperaram. Até agora, só as empresas de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do Grupo Toyo Setal (SOG Óleo e Gás e Setal), assinaram acordo de leniência.

- Não adianta contar o que já sabemos. Queremos informações que nos levem a desvendar o esquema em outros órgãos ou empresas públicas - afirmou o procurador ao Globo nesta quinta-feira.

Lima disse que as empreiteiras precisam aceitar três condições para negociar um acordo de leniência e delação premiada de seus executivos: confirmar os fatos já apurados, ressarcir os prejuízos causados à Petrobras, na maior extensão possível, e confessar crimes de que o MPF ainda não têm conhecimento.

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