terça-feira, janeiro 27, 2015

O desastroso recomeço de Dilma, a presidente consternada

Enquanto o escândalo da Petrobras se aproxima do Planalto e o ex-presidente Lula fomenta a guerra interna no PT, Dilma só se pronunciou sobre a morte de um traficanteEra 0h31 do último domingo (15h31 de sábado em Brasília) em Jacarta quando o brasileiro Marco Archer foi executado com um tiro no peito. Criado em uma família de classe média alta, ele se tornou um traficante profissional e rodou o mundo até ser preso no país asiático com 13 quilos de cocaína, em 2004. Archer dizia se arrepender apenas de ter sido flagrado por um agente de segurança indonésio.

O governo brasileiro tentou evitar a execução até a última hora por meio de cartas, ameaças de rompimento diplomático e um telefonema feito pela presidente Dilma Rousseff ao colega indonésio Joko Widodo na véspera da execução. Nada adiantou.

Um dia antes da morte de Archer, o policial militar Manoel Messias dos Santos havia sido assassinado friamente por traficantes em Penedo (AL) enquanto caminhava pela rua.

Poucas horas depois de Marco Archer ter sido executado, a garota Larissa de Carvalho, de 4 anos, perdeu a vida após ser atingida por um tiro quando saía de um restaurante com a mãe, em Bangu (RJ).

No dia seguinte, outra criança morreu em circunstâncias semelhantes: Asafe Willian Costa Ibrahim, de 9 anos, vítima de uma bala perdida enquanto brincava na piscina de um clube em Honório Gurgel, na capital fluminense – ele morreu três dias depois.

Na segunda-feira, o surfista profissional Ricardo dos Santos foi baleado em frente à casa de sua família, em Palhoça (SC), após uma discussão corriqueira com um policial fora de serviço. Morreu no dia seguinte.

Se a média de 2013 tiver sido mantida, outras 153 pessoas foram assassinadas no Brasil no mesmo dia. Uma a cada dez minutos.

Desde que o traficante foi executado na Indonésia, mais de mil vidas foram tiradas prematuramente no país presidido por Dilma. A chefe da nação não se pronunciou sobre nenhuma delas. Tampouco o fizeram seus ministros.


Gabriel Castro, Veja

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