quinta-feira, janeiro 22, 2015

Serviço de abastecimento de água depende da energia elétrica

Quando falta luz também pode faltar água porque equipamentos da Sanepar exigem alta potência

O fornecimento de água tratada depende, diretamente, da energia elétrica. No Paraná, 3.440 unidades operacionais instaladas pela Sanepar só funcionam se há luz para acionar os equipamentos de grande porte que bombeiam a água dos rios, ou dos poços, até as estações de tratamento. Estas, também dependem da energia para fazer a água circular entre os tanques até tornar-se própria para o consumo humano. É por meio da energia elétrica que a água é bombeada dos reservatórios até os pontos de consumo. Atualmente, a Sanepar utiliza cerca de 50 milhões de metros de redes, que só operam se houver energia para pressurizar a tubulação e fazer a água chegar ao destino.

Quando há falta de energia elétrica, a normalização do abastecimento de água é mais demorada do que o retorno da luz, pois a velocidade da luz não se aplica à água. Sempre que há interrupção no fornecimento de água, as tubulações ficam vazias. Para retomar o abastecimento, o bombeamento deve seguir determinados parâmetros. Se for reiniciado rapidamente, com alta pressão, as tubulações rompem. Por isso, geralmente são necessárias várias horas até que a água chegue às torneiras de novo, após o reinício da produção e da distribuição.

PARADAS PROGRAMADAS – Para evitar os transtornos com a falta de energia e a decorrente falta de água, tanto a Sanepar quanto a Copel têm investido em manutenções preventivas. Quando necessárias, para interligações ou substituições de equipamentos, as paradas exigem menos tempo.

Em casos emergenciais, quando a queda de energia é provocada por temporais ou acidentes de trânsito, por exemplo, a Copel prioriza restabelecer o fornecimento de energia nas regiões onde estão instaladas unidades da Sanepar essenciais para a retomada do abastecimento de água.

GERADORES – Na Sanepar, o uso de geradores se aplica em poucos casos, porque a elevada potência necessária é inviável econômica e tecnicamente. O Sistema de Abastecimento Tibagi, em Londrina, por exemplo, é o maior do interior do Paraná. Com a obra de ampliação, que deve ser concluída até dezembro, o sistema dependerá, de oito motores de 1.500 cv (cavalo a vapor), quatro motores de 1.200 cv e de três motores de 450 cv. Estes conjuntos motobombas serão responsáveis por levar a água desde a captação até a estação de tratamento. Um gerador para atender esta demanda deveria ter potência de 20 mil kVA (quilovoltampere), a mesma necessária para iluminar 20 mil residências populares.

Outra limitação dos geradores é de ordem ambiental. O consumo de óleo diesel é alto e gera impacto que deve ser medido, previsto e licenciado. Além disso, geradores não podem permanecer funcionando por muitas horas. Ou seja, considerando-se os custos, a logística e o impacto na tarifa, o uso de gerador não é a melhor opção para os sistemas da Sanepar.

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