terça-feira, abril 21, 2015

Deputados federais do Paraná elegem Saúde como prioridade

Após conhecer realidade dos hospitais filantrópicos do Estado, parlamentares se comprometeram em discutir soluções para a crise dos prestadores de serviço do SUS
Depois de terem acesso a informações que mostram a realidade das santas casas e hospitais filantrópicos do Paraná, deputados federais paranaenses decidiram eleger a Saúde como prioridade para as ações da bancada. A ação realizada pela Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), em Brasília (DF), teve como desafio discutir a atual situação enfrentada pelo segmento, responsável por mais de 50% do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. O café da manhã, realizado no dia 8 de abril, reuniu os deputados federais Dilceu Sperafico, Ricardo Barros, Evandro Roman, Christiane Yared, Zeca Dirceu, Enio Verri, João Arruda, Aliel Machado, Toninho Wandscheer, Sergio Souza, Alex Canziani, Diego Garcia, Luciano Ducci, Leandre, Marcelo Belinati, Osmar Bertoldi e Luiz Carlos Hauly. Também esteve presente o deputado federal pela Bahia, Antonio Britopresidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
De acordo com presidente da Federação, Luiz Soares Koury, apesar da capilaridade dessas instituições no Paraná – são 103 hospitais filantrópicos, distribuídos em cerca de 70 municípios – e do volume de atendimento realizado por elas, as perspectivas da área em 2015 não são boas e a Saúde continuará em crise. “Hoje, a cada R$ 100 de custo, os hospitais filantrópicos recebem apenas R$ 60 de repasses do SUS. Além disso, a dívida desses hospitais no Brasil já ultrapassou R$ 17 bilhões. Por tudo isso, precisamos do apoio dos parlamentares para que incluam o setor nas emendas, cobrem dos gestores a regularidade dos repasses e coloquem o orçamento da Saúde na pauta. Além disso, aprovem leis justas que nos ajudem a enfrentar a situação crônica e difícil em que vivemos”, pediu Koury.
Os deputados ressaltaram a importância do setor e reforçaram que a união nesse momento é fundamental para que a Saúde possa avançar. Os parlamentares se colocaram à disposição das santas casas e hospitais filantrópicos para discutir ações que possam trazer melhorias às instituições. Depois de conhecerem de perto a crise enfrentada pelas entidades, todos reforçaram a ideia de estabelecer a Saúde como prioridade.
O deputado João Arruda, coordenador da bancada do Paraná na Câmara, garantiu que assim como se comprometeu a priorizar os trabalhos da bancada, também irá fazer o mesmo pela Saúde do Estado, por meio de audiências com o Ministério da Saúde e de uma ampla discussão sobre como melhorar a situação a curto, médio e longo prazo. “Discutimos aqui o Refis dos clubes de futebol, mas não discutimos as dívidas das santas casas e hospitais filantrópicos. Tem de haver cuidado com a pauta legislativa também. Aumentamos muito a responsabilidade das entidades, mas acabamos não dando nenhum subsídio. A bancada está à disposição para fazer essa discussão legislativa. Pedimos que a Femipa nos traga uma pauta objetiva. Todos os deputados federais da nossa bancada não só aprovaram a Saúde como prioridade, como também estão comprometidos individualmente”, garantiu.
Para o presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), Edson Rogatti, o momento da Saúde é muito difícil. Ele apresentou um levantamento que mostra que mais de 40 santas casas estão fechando as portas. “A dificuldade para manter as instituições é muito grande. Temos promessas, mas não recebemos os incentivos que deveríamos receber. Nossas despesas só crescem, mas as receitas não vêm. Precisamos contar com os deputados federais e senadores. Quando o assunto a ser discutido for impactar as santas casas, que eles analisem com atenção”, disse Rogatti.

O deputado Antônio Brito (PTB-BA) reforçou que a pauta dos filantrópicos é clara: buscar financiamento para o setor. De acordo com o parlamentar, a defasagem nas tabelas de média e alta complexidade chega a R$ 4 bilhões. “Se a tabela não for corrigida, se não houver suplementação, em outubro não teremos recursos para girar o caixa e fazer o pagamento do setor. Por isso, faço um apelo para que a bancada federal do Paraná lute por emendas de custeio. Nós, deputados federais, precisamos pressionar o Ministério da Saúde para liberar com rapidez esse valor em quatro vezes para melhorar pelo menos um pouco o sofrimento do nosso setor”, afirmou.
Assessoria de Imprensa FEMIPA

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