terça-feira, julho 21, 2015

Após invasão, colaboradores da Araupel e entidades locais se solidarizam com a empresa


Os colaboradores da Araupel, empresa de reflorestamento e beneficiamento de produtos de madeira, cansados com as constantes ameaças, invasões, furtos e depredações, crimes que vem sendo protagonizados pelos invasores desde junho de 2014, soltaram a voz em solidariedade à empresa.


Não bastassem os percalços trazidos à cidade, outrora tranquila, e ao funcionamento da indústria, a recente invasão no Projeto 4, em 06 de julho, deixou os colaboradores sem sua área de lazer. Além de ser uma terra produtiva com árvores prontas para o corte, no Projeto 4 também se realizavam as confraternizações da empresa. O local recebia os mais de 1200 colaboradores e suas famílias, por essa razão equipado com banheiros, cozinha e refeitório, espaço agora nas mãos de pessoas que se cadastram para ganhar um lote com árvores plantadas, lucros garantidos sem precisar trabalhar. Lembrando do que já aconteceu em outra área da Araupel, em maio desse ano, a estrutura já pode ter sido depredada.

O vídeo é uma mensagem dos colaboradores em respeito ao trabalho da Araupel e sua importância na microrregião, desenvolvimento econômico narrado também por moradores, profissionais liberais, representantes de classe, empresários e formadores de opinião. Mesmo vivendo sob tensão, com o índice de criminalidade duplicado em menos de seis meses, os entrevistados registram uma mensagem positiva para a sociedade pois tratam-se de pessoas de bem, gente que segue trabalhando porque, a exemplo da Araupel, também acredita no futuro.

Acompanhe o Vídeo.........!!!! 




Há 43 anos com fábrica no sudoeste do Paraná, a Araupel já perdeu dois terços de suas terras para a questão agrária. Embora lideranças do MST deixem claro que nada tem a ver com os danos promovidos aos reflorestamentos da empresa - estragos gravados em imagens aéreas que pipocaram na mídia do Brasil -, elas não explicam os poucos metros que separam o acampamento Herdeiros da Terra das áreas destruídas. Também não há explicação para a varredura de depredações e saques em áreas quando estas são bloqueadas e invadidas pelo grupo.

Enquanto isso, a Araupel amarga ver seu patrimônio depredado, o que inclui 1.470 hectares de reflorestamento devastados com o uso de motosserras. Animais silvestres vem sendo mortos e de algumas árvores centenárias, protegidas por lei, resta apenas um toco. Pessoas foram presas em flagrante e a situação parece não sensibilizar o poder público.

O MST diz que não invade, mas que ocupa uma terra, e entre os dois verbos existe uma disputa no meio. A despeito da fala desgastada de reforma agrária, acampados que possuem casa própria, emprego e carro decente em nada lembram as carroças das pessoas necessitadas que precisam de terra para sobreviver. Mas se tiver madeira em cima, melhor ainda, já que eleva o preço dos lotes. Porém, vendas ilegais de lotes e outras irregularidades identificadas nos assentamentos pelo Tribunal de Contas da União jamais foram incorporadas à demagogia cansativa do MST.

Apesar do discurso, nem de longe o que se vê é reforma agrária, mas apologia ao crime escorada em uma decisão judicial provisória de primeira instância em que a própria juíza já atribuiu efeito suspensivo. Sendo assim, em momento algum foi autorizado qualquer invasão à Araupel que mantém a posse sobre as propriedades envolvidas. O que se vê são invasões violadoras do Estado Democrático de Direito, uma zombaria e um atropelo à Constituição, agressões que a empresa heroicamente tem procurado combater.

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