quarta-feira, julho 01, 2015

MP acata nova denúncia contra Requião por uso de cartões corporativos

O Ministério Público acatou denúncia do ex-deputado José Domingos Scarpellini (PSB) contra o senador Roberto Requião (PMDB) por uso abusivo de cartões corporativo durante o governo do peemedebista entre 2003-2010. Na edição 9.479, do Diário Oficial do Estado, da última quinta-feira, 25, traz a relação de 920 investigações abertas pelo MP, entre elas a de Requião.
 Requião é alvo de novo inquérito civil no procedimento aberto pela promotora Claudia Madalozo. "Foram tantos pedidos de abertura de inquéritos contra Requião que vou ter que ver os detalhes deste", disse Scarpellini, responsável na última campanha por outra denúncia, que motivou ação na Justiça, em que Requião responde por usar recursos estaduais para tratar uma manada de 88 cavalos. 
 "Os cavalos foram tratados com alfafa, aveia e tiveram à disposição a equipe médica hospitalar que atendem os animais da corporação", ressaltando a implicação do erário. A estimativa é que os gastos tenham chegado a R$ 6,5 milhões, afirmou Scarpellini.
 Sobre a nova denúncia acatada pelo Ministério Público, matérias veiculadas na época, entre 2007, 2008 e 2009, apontam o uso abusivo de cartões corporativas pelo governo Requião superior a R$ 100 milhões - valores não corrigidos. Na matéria do Jornal do Estado, atual Bem Paraná, de 13 de fevereiro de 2008, Requião admitiu a falta de controle no uso dos cartões corporativos em seu governo. 
 "Somente em 2007, o governo Requião gastou R$ 20,5 milhões através do cartão, o que representa mais de 27% do total consumido pelo governo federal no mesmo período, que foi de R$ 75 milhões. Os valores foram confirmados pela Secretaria da Fazenda, que informou ainda que no Paraná 11,8 mil servidores possuem o cartão, ou seja, número superior aos 11,5 mil da máquina federal. Ainda de acordo com a secretaria, entre 2003 e 2007 os gastos somaram R$ 76 milhões". 
 Na época, Scarpellini fez na Assembleia Legislativa, o pedido aprovado pelos deputados para que o governo encaminhasse as planilhas detalhadas de gastos com os cartões corporativos. A Justiça, através de liminar, também determinou que Requião mostrasse os gastos. Tanto o pedido quando a determinação da Justiça não foram cumpridos na época.

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