quarta-feira, setembro 02, 2015

Deputados ‘ostentam’ verba pública em restaurantes caros



O trabalhador médio trabalha para poder comer. Raras vezes se permite sair em um restaurante mais caro ou pode bancar a conta da mesa toda. Já os deputados, além do salário que recebem, podem pedir o ressarcimento de gastos com alimentação – seus e de assessores. Em alguns casos, eles confirmam que as notas de altos valores existem porque foram pagas refeições de “convidados”.

A reportagem fez um levantamento e constatou que entre março e junho os cinco deputados de Cascavel pediram a devolução do valor gasto em 597 notas fiscais de alimentação, que totalizaram R$ 41,8 mil, uma média de R$ 70 por nota. Chama a atenção, no entanto, a presença de notas com valores acima de R$ 300. Em quatro notas fiscais os deputados pediram o ressarcimento acima de R$ 400.

Em Cascavel há notas de restaurantes conhecidos pela qualidade: Gandin, Armazém e Maxi Peixe. Fora da cidade há churrascarias e restaurantes italianos também com valores altos.

Leonaldo Paranhos (PSC)

Quem mais pediu ressarcimento de alimentação foi o deputado Leonaldo Paranhos, foram R$ 11,8 mil. As maiores despesas de Paranhos foram em restaurante de Curitiba. Em julho, ele pediu ressarcimento de R$ 448,03 gastos no Mangiare Felice, um restaurante italiano.

José Lemos (PT)

O segundo deputado que mais pediu ressarcimento foi José Lemos. Foram R$ 10,7 mil em cinco meses. A diferença é que o volume de notas fiscais, foram 256 apresentadas o que baixa o custo médio da refeição para R$ 41,89. Lemos também teve uma nota de valor alto, foram R$ 458 em uma Churrascaria do Panteado em, Prudentópolis.

André Bueno (PDT)

O terceiro maior ressarcimento no período foi de André Bueno, que gastou R$ 9,2 mil. Ele também é dono da maior nota fiscal: R$ 470 gastos em junho na Gandin. Considerando o valor médio das notas, André é o que teve maior gasto: R$ 142,17 por nota.

Marcio Pacheco (PPL)

O penúltimo na lista de gastos com alimentação é Marcio Pacheco, que pediu o ressarcimento de R$ 6,9 mil. A maior nota apresentada tem valor de R$ 238,25, no restaurante Banana Brasil, em Curitiba.

Adelino Ribeiro (PSL)

O deputado Adelino Ribeiro é o mais econômico. Foram R$ 2,9 mil em cinco meses e apenas 39 notas apresentadas.

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