Empresa suíça produtora de transgênicos e agrotóxicos, a Syngenta Seeds foi judicialmente responsabilizada pela morte do trabalhador rural Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Keno, e por ferir gravemente Isabel do Nascimento de Souza. Outros três integrantes da Via Campesina também ficaram feridos e devem ser indenizados.
Em decisão do último dia 27 de outubro do juiz de direito Pedro Ivo Moreiro, da 1ª Vara Cível da Comarca de Cascavel – a Justiça determina que a empresa indenize os familiares de Keno e a vítima Isabel pelos danos morais e materiais que causou. A ação foi ajuizada no ano de 2010.
No dia 21 de outubro de 2007, cerca de 40 seguranças da empresa de proteção privada NF Segurança atacaram o acampamento da Via Campesina, no campo de experimento de transgênicos da transnacional Syngenta, em Santa Tereza do Oeste (PR). O local havia sido reocupado por cerca de 150 integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pela manhã.
Os seguranças dispararam vários tiros em direção às pessoas que ocupavam o espaço. Segundo informações da Via Campesina, a ação teria sido promovida pela Syngenta que utilizava serviços da NF Segurança, em conjunto com a sociedade Rural da Região Oeste (SRO), e o Movimento dos Produtores Rurais (MPR), ligado ao agronegócio.
Além de Keno, os atiradores balearam e espancaram Isabel e feriram outros três agricultores.
Na área em que ocorreram os fatos atualmente funciona o Centro de Pesquisas em Agroecologia Valmir Mota de Oliveira, o “Keno”.
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