“Ou paramos ou vamos todos a falência, chega de orgulho, chega de tapar o sol com a peneira, quem depende realmente do transporte sabe das dificuldades e sabe a necessidade de mudanças”, afirma o CNT em comunicado.
Desta vez, a pauta dos caminhoneiros cobra a redução de 40% do valor do óleo diesel, aposentadoria para motoristas aos 25 anos de trabalho, piso salarial nacional para empregados e aplicação da lei de jornada de trabalho para todos os motoristas, entre outros itens. Os caminhoneiros querem também mais postos da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para aumentar a segurança nas estradas. Ao contrário das manifestações anteriores, os caminhoneiros estudam paralisar as atividades sem bloqueio de rodovias, apenas manifestações em estradas pelo país. Segundo o CNT, que reúne caminhoneiros autônomos, algumas transportadoras têm procurado a liderança do comando para fazer uma paralisação unificada.
Em comunicado feito por meio de uma rede social, o Comando Nacional do Transporte se mostra descrente de que o atual governo possa atender as reivindicações. Na paralisação de março de 2015, o CNT diz que os únicos itens atendidos parcialmente foram o refinanciamento de caminhões e a criação do Fórum Permanente do Transporte, mas que o líder da greve não foi incluído para fazer parte, nem alguém por ele indicado. O líder do CNT é o motorista Ivar Schmidt, um catarinense radicado em Mossoró (RN). Segundo o CNT, não há conquistas por parte do fórum que possa ser comemoradas.
Fórum
No dia 17 de fevereiro, o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas realiza a primeira reunião do ano em Brasília. Idair Parizotto, da diretoria do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas em Francisco Beltrão) e que tem participado das reuniões desde a instituição do fórum em junho do ano passado após os protestos dos caminhoneiros em março que paralisaram o Brasil, defende o diálogo, mas não vê muita esperança já que o governo federal está completamente desgastado.
“Você viaja 1.700 quilômetros para ouvir mentiras”, observa. Para ele, as discussões do fórum não avançaram. “Por mim nós parávamos amanhã”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário