sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Produção de biogás deve ‘zerar’ conta de energia de cidade Paranaense


Suinocultores e criadores de aves de Entre Rios do Oeste, no Paraná, estão se unindo para produzir energia elétrica com dejetos animais. A eletricidade será suficiente para abastecer as propriedades que integram o condomínio e ‘zerar’ as contas de energia dos órgãos municipais e da iluminação pública. Inicialmente, 19 propriedades serão responsáveis pela produção de biogás em parceria com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás). O lançamento do projeto será na tarde desta sexta-feira (11).

O investimento para a instalação dos biodigestores e a interligação por meio de um biogasoduto de 22 km, além da central termoelétrica, será de R$ 17 milhões. O valor investido estará pago em oito anos e meio com a venda do excedente de energia para a Copel. A previsão é que as obras tenham início entre janeiro e fevereiro de 2016 e produção comece em um ano e meio. O projeto vem sendo estudado desde 2011.

De acordo com o diretor-presidente do CIBiogás, Rodrigo Régis, encerrada a primeira fase e outros produtores sendo integrados ao condomínio, a ideia é que toda a cidade, que hoje tem cerca de 4 mil habitantes, seja abastecida pela energia produzida com o biogás local. “A região tem um enorme potencial de utilização dos dejetos animais ainda pouco utilizado”, comentou ao lembrar que o desejo das indústrias da região é de se duplicar e até triplicar a produção de proteína animal.

O município conta com uma população de 130 mil suínos e 355 mil aves. “Os danos ambientais causados pelos dejetos destes animais equivalem aos produzidos por uma cidade com uma população de 530 mil habitantes. O aproveitamento destes dejetos surge como uma solução e um vetor de transformação econômica e ambiental, já que a poluição será reduzida e os produtores receberão por esta energia produzida e vendida para a Copel”, reforçou.

Por reunir diversos criadores de aves e de suínos, a região tem um grande potencial no aproveitamento dos dejetos. E, além de economizar na conta de energia, a produção de biogás gera uma série de vantagens, como a redução a quase que total do mau-cheiro nas propriedades em função das fezes dos animais, a produção de biofertilizante – massa dos dejetos depois de separada do biogás –, e preservação do meio ambiente, já que os resíduos deixam de ser dispensados em rios e reservatórios de água.

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